quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Reflexões de Fidel

A Revolução Bolivariana e a paz

• EU conheço bem Chávez; ninguém como ele seria mais renuente a derramar sangue de venezuelanos e colombianos, dois povos tão irmãos como os cubanos que vivem no leste, no centro e no extremo oeste da nossa Ilha. Não tenho outra forma de exprimir o grau de irmandade que existe entre venezuelanos e colombianos.

A caluniosa imputação ianque de que Chávez planeja uma guerra contra a vizinha Colômbia levou um influente órgão de imprensa colombiano a publicar no domingo passado, 15 de novembro, sob o título "Tambores da guerra", um desdenhoso e injurioso editorial contra o presidente venezuelano, onde se afirma, entre outras questões, que "a Colômbia deve levar bem a sério a mais grave ameaça a sua segurança em mais de sete décadas, pois foi feita por um presidente que, além disso, é de formação militar..."

"A razão – continua – é que cada vez são maiores as possibilidades de uma provocação, que pode ir desde um incidente fronteiriço até um ataque contra instalações civis ou militares na Colômbia."

Mais adiante, o editorial acrescenta como algo provável "...que Hugo Chávez intensifique seus ataques contra os ‘esquálidos’ — alcunha com que chama os seus opositores – e tente tirar do poder municipal ou regional a quem o contradiz. Já o fez com o prefeito de Caracas... e agora quer fazê-lo com os governadores dos estados fronteiriços com a Colômbia, que se recusam a se submeterem a sua autoridade... Um confronto com forças colombianas ou a acusação de que elementos paramilitares planejam ações no território venezuelano pode ser o pretexto de que precisa o regime chavista para suspender as garantias constitucionais."

Tais palavras apenas servem para justificar os planos agressivos dos Estados Unidos e a grosseira traição da oligarquia e da contrarrevolução na Venezuela contra a sua Pátria.

Coincidindo com a publicação desse editorial, o líder bolivariano tinha escrito o seu artigo semanal em "As linhas de Chávez", no qual julga a impudica concessão de sete bases militares aos Estados Unidos em território da Colômbia, o qual tem 2.050 quilômetros de fronteira com a Venezuela.

Nesse artigo, o presidente da República Bolivariana explicou com coragem e lucidez sua posição.

"...eu disse-o nesta sexta-feira, no ato pela paz e contra as bases militares dos Estados Unidos em terra colombiana: tenho a obrigação de fazer um apelo a todos para nos prepararmos para defender a Pátria de Bolívar, a Pátria dos nossos filhos. Se não o fizesse, estaria cometendo um ato de alta traição... A nossa Pátria é hoje livre e vamos defendê-la com a vida. A Venezuela nunca mais será colônia de ninguém; nunca mais se ajoelhará diante do invasor ou de qualquer império... o gravíssimo e transcendental problema que tem lugar na Colômbia não pode passar despercebido pelos governos latino-americanos..."

Mais adiante acrescenta conceitos importantes: "...todo o arsenal bélico ianque, contemplado no acordo, responde ao conceito de operações extraterritoriais... torna o território colombiano um gigantesco enclave militar ianque..., a maior ameaça à paz e à segurança da região sul-americana e de toda Nossa América."

"O acordo... impede que a Colômbia possa dar garantias de segurança e de respeito a ninguém; nem sequer aos colombianos e às colombianas. Um país que deixou de ser soberano e que é instrumento do ‘novo colonialismo" vaticinado pelo nosso Libertador, não pode dá-las."

Chávez é um verdadeiro revolucionário, pensador profundo, sincero, corajoso e trabalhador incansável. Não galgou o poder mediante um golpe de Estado. Revoltou-se contra a repressão e o genocídio dos governos neoliberais que entregaram os enormes recursos naturais do seu país aos Estados Unidos. Sofreu prisão, alcançou maturidade e desenvolveu suas ideias. Não assumiu o poder por meio das armas, apesar de sua origem militar.

Possui o grande mérito de ter iniciado o difícil caminho de uma revolução social profunda, a partir da denominada democracia representativa e da mais absoluta liberdade de expressão, quando os mais poderosos recursos da mídia do país estavam e estão nas mãos da oligarquia e a serviço dos interesses do império.

Em apenas onze anos, a Venezuela conseguiu os maiores avanços educacionais e sociais alcançados por um país no mundo, apesar do golpe de Estado e dos planos de desestabilização e descrédito perpetrados pelos Estados Unidos.

O império não decretou bloqueio econômico à Venezuela —como o fez em Cuba — após o fracasso de seus golpes sofisticados contra o povo venezuelano, porque se teria bloqueado a si mesmo, devido a sua dependência energética do exterior, mas não renunciou ao seu objetivo de destruir o processo bolivariano e o seu generoso apoio com recursos petroleiros aos países do Caribe e da América Central, suas amplas relações de intercâmbio com a América do Sul, a China, a Rússia e numerosos Estados da Ásia, da África e da Europa. A Revolução Bolivariana goza de simpatias em amplos setores de todos os continentes. Dói especialmente ao império suas relações com Cuba, depois de um bloqueio criminoso ao nosso país, que já data de meio século. A Venezuela de Bolívar e a Cuba de Martí, através da ALBA, promovem novas formas de relações e intercâmbios sobre bases racionais e justas.

A Revolução Bolivariana tem sido especialmente generosa com os países do Caribe em momentos extremamente graves de crise energética.

Na nova etapa atual, a Revolução na Venezuela encara problemas completamente novos que não existiam quando, há quase exatamente 50 anos, triunfou a nossa Revolução em Cuba.

O tráfico de drogas, o crime organizado, a violência social e o paramilitarismo mal existiam. Nos Estados Unidos ainda não havia surgido o enorme mercado atual de drogas que o capitalismo e a sociedade de consumo criaram nesse país. Para a Revolução, não significou um grande problema combater o tráfico de drogas em Cuba e impedir sua introdução na produção e no consumo das mesmas.

Para o México, a América Central e a América do Sul, estes flagelos significam hoje uma crescente tragédia que está longe de ter sido ultrapassada. Ao intercâmbio desigual, ao protecionismo e ao saque de seus recursos naturais, somaram-se o tráfico de drogas e a violência do crime organizado que o subdesenvolvimento, a pobreza, o desemprego e o gigantesco mercado de drogas dos Estados Unidos criaram nas sociedades latino-americanas. A incapacidade desse país imperial e rico para impedir o tráfico e o consumo de drogas deu lugar em muitas partes da América Latina ao cultivo de plantas, cujos valores como matérias-primas para as drogas ultrapassavam muitas vezes o dos demais produtos agrícolas, criando gravíssimos problemas sociais e políticos.

Os paramilitares da Colômbia constituem hoje a primeira tropa de choque do imperialismo para combater a Revolução Bolivariana.

Precisamente, por sua origem militar, Chávez sabe que a luta contra o narcotráfico é um pretexto vulgar dos Estados Unidos para justificarem um acordo militar que responde inteiramente à conceição estratégica desse país no fim da Guerra Fria, para estender seu domínio do mundo.

As bases aéreas, os meios, os direitos operativos e a impunidade total dada pela Colômbia a militares e civis ianques no seu território, não têm nada a ver com o combate ao cultivo, à produção e ao tráfico de drogas. Este é hoje um problema mundial; estende-se não apenas pelos países da América do Sul, mas também começa a se estender pela África e por outras áreas. No Afeganistão já reina, apesar da presença em massa das tropas ianques.

A droga não deve ser um pretexto para instalar bases, invadir países e levar a violência, a guerra e o saque aos países do Terceiro Mundo. É o pior ambiente para criar virtudes cidadãs e levar educação, saúde e desenvolvimento a outros povos.

Enganam-se os que acreditam que dividindo colombianos e venezuelanos terão sucesso em seus planos contrarrevolucionários. Muitos dos melhores e mais humildes trabalhadores da Venezuela são colombianos e a Revolução lhes deu educação, saúde, emprego, direito à cidadania e outros benefícios para eles e seus entes mais queridos. Todos eles juntos, venezuelanos e colombianos, defenderão a grande Pátria do Libertador da América; juntos lutarão pela liberdade e pela paz.

Os milhares de médicos, educadores e outros cooperadores cubanos que cumprem seus deveres internacionalistas na Venezuela estarão junto a eles!



Fidel Castro Ruz

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

PASSEIO POR HAVANA

PASSEIO POR HAVANA

Frei Betto




Havana, nesta época do ano, é banhada por suave temperatura. O calor é amenizado pelo hálito de frescor que sopra das águas azuladas por trás do Malecón. A umidade reflui, embora a população se mantenha atenta à meteorologia: outubro e novembro são meses de furacões. Ano passado, ceifaram quase 20% do PIB, hoje calculado em US$ 50 bilhões.

Não há sinal de que o desastre se repita este ano. Impossível, contudo, prever as reações vingativas de Gaia, cruelmente estuprada por nossa ambição de lucro e solene desprezo à mãe ambiente.

A visita à Cuba, na penúltima semana de outubro, não tinha agenda de trabalho. Fui a convite do querido amigo José Alberto de Camargo que, para comemorar aniversário, escolheu a cidade reencantada pela literatura de Lezama Lima, Alejo Carpentier e Nicolás Guillén.

A comitiva (comitiva do coração) incluiu os jornalistas Chico Pinheiro e Ricardo Kotscho, este acompanhado de Mara, sua mulher. Alojados no octogenário Hotel Nacional, brindamos o desembarque com o daiquiri de La Floridita, onde Hemingway tomava seus porres. Visitamos a casa de praia em que ele morou e escreveu “O velho e o mar”, bem como o Hotel Ambos Mundos, no qual viveu seis anos e redigiu “Por quem os sinos dobram”.

Foram dias de boa culinária caribenha no El Templete, à beira do porto, e em El Oriente, frequentado por Saramago e García Márquez. Entre mojitos e o aroma perfumado dos charutos Cohiba, cuja fábrica percorremos, mantivemos proveitosas conversas com cidadãos anônimos e autoridades do país, como Ricardo Alarcón, presidente da Assembleia Nacional; Eusébio Leal, historiador da cidade (e responsável pela restauração da área colonial de Havana); Homero Acosta, secretário do Conselho de Estado (no qual se congregam ministros e dirigentes do país); Armando Hart, do Centro de Estudos Martianos; Abel Prieto, ministro da Cultura; e Caridad Diego, responsável pelo Gabinete de Assuntos Religiosos (que cuida da relação entre Estado e denominações confessionais).

Permaneci um dia a mais para encontrar-me com Raúl Castro, atual presidente, com quem almocei no sábado, 24, e Fidel que, na tarde do mesmo dia, me recebeu em sua casa, com direito a jantar.

Cuba se encontra grávida de si mesma. Após 50 anos de Revolução, é hora de analisar erros e impasses. Mira-se o passado para enxergar melhor o futuro. Em 2010, o 9º congresso do Partido Comunista deverá submeter o país à verificação de suas contradições e elaboração de novas estratégias, sobretudo no que concerne à economia e à emulação ética.

Engana-se quem supõe Cuba retrocedendo ao capitalismo. Ainda que se multipliquem aberturas à economia de mercado, devido à globalização e o mundo unipolar hegemonizado pelo neoliberalismo, não interessa à Ilha priorizar a acumulação privada da riqueza em detrimento da maioria da população. A América Central é o espelho no qual Cuba não quer se ver: ali os índices de violência são, hoje, os mais altos do mundo, com 23 assassinatos/ano por cada grupo de 100 mil habitantes. No Brasil, o índice é de 31/100 mil e, em Cuba, 5,8/100 mil. Basta dizer que, no Rio, a polícia matou, em 2007, 1.330 pessoas. No ano anterior, em todo os EUA foram mortas pela polícia 347 pessoas.

Os cubanos são conscientes de as falhas do país não poderem ser todas atribuídas ao criminoso bloqueio imposto, há mais de 40 anos, pela Casa Branca (e, agora, em vias de distenção pela administração Obama).

A manutenção, por longo tempo, de medidas justificadas pela Guerra Fria, começa a ser questionada. É o caso do caráter paternalista do Estado que assegura, a 11 milhões de habitantes, gratuitamente, cesta básica, saúde e educação de qualidade.

Por essa razão, a qualidade de vida em Cuba, onde o analfabetismo está erradicado, figura em 51º lugar, entre 182 países, no Índice de Desenvolvimento Humano 2009, da ONU. O Brasil mereceu a 75ª classificação. Não se cogita alterar o direito universal e gratuito à saúde e à educação. Porém, a redução dos subsídios à alimentação deverá coincidir com o aumento de salários e da produtividade agrícola, de modo a diminuir a importação de 80% dos alimentos consumidos.

Busca-se solução a curto prazo para a duplicidade de moedas: o CUC adquirido pelos turistas (evita o câmbio paralelo e a evasão de divisas) e o peso utilizado pelo cidadão cubano. O turismo, ao lado da exportação de níquel, é das principais fontes de arrecadação de Cuba que, com tamanho 64 vezes inferior ao Brasil, recebe 2,5 milhões de turistas por ano, metade dos que desembarcam em nosso país no mesmo período.

Toda a América Latina se opõe, hoje, ao bloqueio e apoia a reintegração de Cuba nos organismos continentais. A questão política mais relevante nas relações internacionais é a urgente libertação dos cinco cubanos presos nos EUA desde 1998, condenados a penas elevadíssimas, acusados – acreditem! – de evitar atos terroristas. Os cinco lograram abortar 170 atentados planejados contra Cuba dentro da comunidade cubana de Miami.

Fernando Morais, com quem jantamos em Havana, promete lançar, em 2010, livro em que conta a esdrúxula história do processo movido pela Justiça usamericana contra os cinco cubanos.

PS: A quem possa interessar: Fidel goza de muito boa saúde e excelente bom humor.



Frei Betto é escritor, autor de “Calendário do Poder” (Rocco), entre outros livros.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Analista uruguaio destaca negado recorde ao bloqueio a Cuba

Montevidéu, 30 out

O analista internacional do jornal uruguaio La República Niko Schvarz destaca hoje o crescimento da votação na ONU contra o bloqueio a Cuba, como um fato que reveste extraordinária significação internacional.

"Parecia difícil que pudesse superar a votação do ano passado a respeito disso que arrojou 185 votos a favor, 3 contra e duas abstenções. A margem para crescer era muito exíguo já que há 192 países na ONU. No entanto, isso ocorreu", sublinha.

Schvarz recorda que em 18 destas votações realizadas na ONU desde 1992, a cifra de opositores ao bloqueio tem crescido em forma ininterrupta, sem nenhuma exceção.

Em um artigo afirma que se reproduziram os votos dos EUA, Israel e Palau contra a resolução anti-bloqueio e se abstiveram as ilhas Micronésia e Marshall, que em ocasiões anteriores votaram contra ou se abstiveram.

Esclarece que as três nações insulares são em realidade protetorados estadunidense no Oceano Pacífico, que tem ali bases militares e têm sido campos de provas nucleares. Schvarz comenta que apesar de se produzir durante quase uma vintena de anos votações sobre o tema, todas contundentes no mesmo sentido, nada tem mudado.

"É realmente aberrante. Não há outro caso igual no mundo, e que se mantenha durante tanto tempo: 47 anos a partir da proclamação Presidencial assinada pelo presidente John F. Kennedy o 7 de fevereiro de 1962", sublinha.

Essa Proclamação - abunda- acentuou suas projeções extraterritoriais com a lei Torricelli assinada por (George) Bush pai em 1992 e a lei Helms-Burton promulgada por (William) Clinton em 1996.

O comentarista do citado jornal sublinha que Cuba é o único país que sofre uma agressão permanente deste tipo.

"Esta circunstância coloca em entredito todo o sistema das Nações Unidas e sua capacidade de decisão, incluindo a integração do Conselho de Segurança e o direito de veto de algumas potências", remarca.

Partido Comunista Francês aplaude condenação a bloqueio contra Cuba

Paris, 30 out (Prensa Latina) O Partido Comunista Francês (PCF) aplaudiu hoje a condenação pela décima oitava ocasião do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba no seio da Assembleia Geral das Nações Unidas, segundo um comunicado oficial.

O PCF saúda este voto positivo, chama ao respeito das Resoluções da ONU sobre esta questão de direito, democracia e soberania, afirmou a nota.

Destacou que apesar dos chamados reiterados dos países da América Latina e da comunidade internacional em favor de uma supressão total do cerco econômico, financeiro e comercial à ilha caribenha, o bloqueio persiste.

"É anacrônico e desumano. Priva à população do acesso aos equipamentos e às tecnologias necessárias para os serviços de saúde. Dificulta as relações com as instituições financeiras e bancárias e cria obstáculos ao comércio de bens e serviços", anotou.

O PCF recordou que as medidas lançadas pelo presidente Barack Obama sobre Cuba não significam em modo algum uma mudança em torno da política de hostilidade com o bloqueio.

Por outra parte, a organização política francesa opinou que com a futura presidência semestral da Espanha na União Europeia deveria se pôr fim à chamada Posição Comum do bloco comunitário.

Igualmente deveria estabelecer-se uma relação normal de cooperação mutuamente vantajosa em favor do desenvolvimento de Cuba, sem condições nem ingerências, afirmou o PCF.

Qualificam de fracassada política dos Estados Unidos contra Cuba

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Fausto Triana
Paris, 30 out

Um destacado jornalista cubanoamericano residente em Miami qualificou hoje de fracassada a política dos Estados Unidos contra Cuba, exigiu o fim do bloqueio e a libertação dos cinco lutadores antiterroristas.
Em um coloquio em Paris, Andrés Gómez, diretor da revista Areíto digital e fundador da brigada Antonio Maceo, disse que a nova condenação em Nações Unidas ao cerco econômico de Washington contra a ilha caribenha demonstra a rejeição mundial a essa medida.
"Para mim é extraordinário que 187 países repudiem o bloqueio, o qual se soma a um consenso hemisférico que deplora as linhas traçadas pela Casa Branca ao longo dos anos, apesar das ações ainda em curso da ultradireita", enfatizou.
O integrante do Comitê Internacional pela Libertação dos Cinco (os luchadores antiterroristas cubanos que permanecem em cárceres estadunidenses há 11 anos), admitiu que a burocracia dificulta mudanças na política de Washington.
"Temos o caso de Antonio Guerrero, Ramón Labañino, René González, Gerardo Hernández e Fernando González, que como evidenciam seus processos, buscavam detectar atividades terroristas contra Cuba planificadas em Miami", comentou.
Conhecem-se as arbitrariedades dos casos, os manejos políticos e a certeza de que personagens violentos organizaram ações, e ainda seguem o fazendo, para minar à Revolução cubana e até assassinar a seus dirigentes, acrescentou.
Gómez disse que diante deste espectro e outras vertentes, o presidente Barack Obama demonstra sua boa vontade de mudanças, ainda que por enquanto não concretizou nada transcendental e pareceu atrapalhado pelas armadilhas da política nos Estados Unidos.
"O verdadeiro é que há 30 anos foi assassinado em Porto Rico nosso colega Carlos Muñiz Varela e seus assassinos passeiam pelo sul da Flórida impunemente, enquanto os Cinco são prisioneiros", lamentou.
Avaliou assim o processo de re-sentença que já deu um ligeiro benefício a Antonio Guerreiro e pelo qual aguardam agora Ramón Labañino e Fernando González.
"De qualquer forma, ficou claro que toda a solidariedade internacional que fazemos, vocês aqui na França e nós lá, tem um peso relevante e serve de muito, para pressionar até ver livres aos Cinco", apontou Gómez.
Na atividade estiveram presentes Charly Bouhana, do grupo CubaSiFrance, a Coordenadora de Defesa da Revolução e o conselheiro da embaixada da Ilha na França, Leyde Ernesto Rodríguez.

Imprensa vietnamita faz sua rejeição ao bloqueio a Cuba

Hanói, 30 out

A imprensa vietnamita rejeitou hoje na ONU o bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, ao qual qualificou de"injusto, desumano e obsoleto", de acordo com o diário Quan Doi Nhan Dan.
Ao despir os motivos do bloqueio, o rotativo do Exército Popular do Vietnã recordou que antes da revolução, Estados Unidos controlava 70 por cento das terras cultiváveis e três quartas partes da indústria da nação caribenha.
Politicamente, a vitória de Cuba converteu-se em um excelente exemplo para a luta de independência dos países da África e América Latina, algo inaceitável para sucessivas administrações norte-americanas.
Todos os jornais de circulação nacional, a rádio e a televisão colocaram em suas manchetes internacionais a aplastante votação de 187 dos 192 Estados membros da ONU, em apoio à resolução cubana sobre a necessidade de pôr fim ao cerco imposto por Washington há quase 50 anos.
Nhan Dan, órgão oficial do Partido Comunista (PCV), destacou por sua vez que além das críticas do embaixador vietnamita nas Nações Unidas, Le Luong Minh, à política estadunidense para Cuba, ao intervir na Assembleia Geral. Minh denunciou o bloqueio como uma violação flagrante das leis internacionais e da Carta da Onu, que atinge a economia da ilha e a vida de sua população.
O jornal do PCV destacou o chamado aos Estados Unidos para que levante o bloqueio e com esse mesmo enfoque, Tin Tuc ressaltou assim o discurso do chanceler cubano, Bruno Rodríguez.
Por sua vez, Hanoi Moi recolheu com grande deslocamento em seu espaço internacional de contrapartida, registrado com uma foto do ministro Rodríguez, o desenvolvimento dos acontecimentos durante o debate da resolução apresentada por Cuba na quarta-feira, e também detalhou as perdas causadas à Ilha pela unilateral medida de Washington.
A respeito Quan Doi Nhan Dan comentou que apesar de sua persistente negativa, Washington não pôde ocultar a veracidade de que a "parede" colocada com o fim de isolar a Havana do resto do mundo tem ocasionado muitos danos materiais e espirituais ao povo cubano.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

DENÚNCIA PÚBLICA – BLOGUEIRA YOANI SANCHEZ INSTRUMENTO DA MIDIA GOLPISTA E IMPERIALISTA

Florianópolis, 21 de outubro de 2009.


DENÚNCIA PÚBLICA – BLOGUEIRA YOANI SANCHEZ INSTRUMENTO DA MIDIA GOLPISTA E IMPERIALISTA


A Associação Cultural José Marti de Santa Catarina, vem a público denunciar a campanha midiática levada a cabo pelos grandes meios de comunicação contra a Revolução Cubana, suas conquistas, nestes 50 anos, e, seu povo. O crime cometido por Cuba foi o de se afirmar como nação soberana, auto-determinada e solidária com os povos desta grande humanidade.

Nestes momentos, os meios de “informação” (a expressão mais correta é desinformação) dão páginas e páginas para a blogueira cubana Yoani Sanchez difundir suas mentiras e atacar seu povo e seu país, desde o próprio território cubano.

As mentiras difundidas por ela são as mesmas que há décadas o imperialismo estadunidense e seus aliados e capachos, nos diferentes países e nos grandes meios de desinformação, se utilizam para detratar a realidade cubana e a magnífica obra construída pelos mais de 12 milhões de habitantes da maior das Antilhas.

A primeira mentira que cai por terra se relaciona à liberdade de expressão, visto que esta senhora vive em Cuba e posta as “suas opiniões” (entre aspas por que não são nada originais) desde Cuba.

O bloqueio econômico contra Cuba atinge todas as esferas da vida, inclusive com relação à internet. Mas a blogueira em vez de denunciar este bloqueio criminoso que persiste há quase 50 anos, culpa seu país e seu povo pelas conseqüências, pois ela nutre o sonho de fazer voltar a roda da história, sonha com o seu país como colônia norte—americana, submisso, prostituído, analfabeto, com a máfia dominando a vida social. É um sonho vão, pois o povo cubano trilha seu caminho pelos ideais de seus heróis que tombaram na luta pela independência e pela libertação nacional, pelos ideais de Marti, de Camilo Cienfuegos, Ernesto Che Guevara e, pelos heróis vivos, em particular Fidel Castro. Homens que construíram e constroem um projeto assentado no ser humano e na humanização da vida.

São imensuráveis as conquistas da Revolução Cubana em todos os aspectos da vida social do seu povo. Uma nação submissa com um povo espezinhado pelo imperialismo no final dos anos 50, se transformou em um exemplo para toda a humanidade de que é possível construir um mundo melhor baseado em valores autenticamente humanos no qual governa a satisfação das necessidades básicas e não as vis leis do mercado que submetem, subjugam, matam e agridem povos e nações inteiras em nome de um desenvolvimento e da riqueza para poucos.

Apesar da falta de recursos e do criminoso bloqueio, Cuba, há muito tempo, é um exemplo na solidariedade aos povos da humanidade. Médicos cubanos estão em quase cem países prestando seus serviços aos mais humildes e necessitados. O povo cubano através de seu governo prestou ajuda humanitária em grandes catástrofes e terremotos, em vários países. Em Cuba estudam jovens de várias nacionalidades, inclusive brasileiros, que gratuitamente podem ter acesso ao ensino universitário, que por muitas vezes não teriam em seus países.

Somos, eternamente, gratos a Cuba e seu povo, por nos ter brindado com vagas para que jovens de nosso estado e país possam cursar medicina em Cuba. Sonho quase inatingível para quem provém das camadas mais humildes do nosso povo.

Somos eternamente gratos a Cuba por ser uma referência, por seu exemplo, por sua obra, por seu povo.

Denunciamos e repudiamos o papel desempenhado pela nossa grande mídia sempre disposta a defender as piores causas, os golpes de estado, as manobras das elites, as agressões aos povos. A mesma grande mídia que hoje transforma em heroína a blogueira Yoani Sanchez. A mesma grande mídia que a cada vitória de um povo latino-americano está na linha de frente para defender os interesses do imperialismo norte-americano.

Assim foi e assim continua sendo, a grande mídia está do lado dos perdedores, está do lado do imperialismo. Com toda certeza os povos derrotarão o imperialismo e a grande mídia continuará a lamentar qualquer vitória popular, continuará a lamentar as vitórias dos povos de El Salvador, Nicarágua, Venezuela, Bolívia, Equador. Continuará a lamentar qualquer avanço no terreno político que nossos conquistem. Cada vez mais lamentarão.

A nós nos resta defender a verdade, o direito dos povos construírem seus rumos com soberania a auto-determinação, zelando pelos valores autenticamente humanos e solidarizando-se com qualquer povo agredido.

Ao final, e estranhamente, agradecemos aos grandes meios de comunicação que tão zelosos em sua vil tarefa de desinformar e transformar bandidos em heróis, nos ensina com seus exemplos como não devemos ser, como não devemos agir. Não deixa de ser um contra-exemplo.

Cuba continua cada vez mais merecendo e angariando o carinho e a solidariedade dos povos. Cada vez mais se criam, nos cinco continentes, comitês e associações de solidariedade a Cuba que dinamizam as relações, que fazem intercâmbios e troca de experiências. Nossos povos se conhecem mutuamente e crescem os laços de solidariedade

Reafirmamos nosso compromisso na defesa dos povos, em especial de Cuba e seu povo.

Viva a Revolução Cubana!

Viva Fidel!






Diretoria da ACJM-SC

A história não contada dos Cinco (XIII). A história se repete

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A história não contada dos Cinco (XIII). A história se repete

Havana, 21 out (Prensa Latina)Dois dias após o encontro de García Márquez na Casa Branca, diplomatas estadunidenses em Havana se aproximaram das autoridades cubanas. Tivemos uma série de discussões centradas principalmente em que Estados Unidos tinha descoberto a respeito de planos terroristas contra aeronaves civis e na advertência que a Administração Federal de Aviação (FAA) se tinha sentido obrigada a emitir. Durante esses intercâmbios Estados Unidos solicitou formalmente que uma delegação de alto nível do FBI viesse a Havana com vistas a receber de sua contraparte informação sobre a campanha terrorista que tinha lugar nesses momentos. Durante a preparação dessa visita o secretário de Estado assistente, John Hamilton, comunicou que "desta vez eles queriam enfatizar a seriedade da oferta dos Estados Unidos de pesquisar qualquer evidência que [Cuba] pudesse ter".As reuniões tiveram lugar em Havana nos dias 16 e 17 de junho de 1998. À delegação norte-americana entregou-se-lhe abundante informação, tanto documental como testimonial. O material entregado incluía as investigações relacionadas com 31 atos terroristas, que tinham tido lugar entre 1990 e 1998, muitos promovidos pela Fundação Nacional Cubano-Americana, que também organizou e financiou as ações mais perigosas levadas a cabo pela rede de Luis Posada Carriles. A informação incluía listas detalhadas e fotografias de armamentos, explosivos e outros materiais confiscados na cada caso. Adicionalmente, 51 páginas com evidências relacionadas com o dinheiro contribuído pela FNCA a vários grupos para realizar atividades terroristas na Ilha. O FBI recebeu também gravações de 14 conversas telefônicas nas quais Luis Posada Carriles se referia a ataques violentos contra Cuba. Entregou-se uma detalhada informação de como localizar ao notório assassino, tais como endereços de suas casas, lugares que frequentava, e os números de placa de seus automóveis em El Salvador, Honduras, Costa Rica, República Dominicana, Guatemala e Panamá.O FBI levou-se os expedientes de 40 terroristas de origem cubano, a maioria dos quais vivia em Miami e os dados para encontrar à cada um deles. A delegação norte-americana levou-se também três mostras de duas gramas a cada uma de substâncias explosivas de bombas desativadas antes de que pudessem explodir no Hotel Meliá Cohiba em 30 de abril de 1997 e em um ônibus de turistas em 19 de outubro de 1997, bem como o artefato explosivo confiscado a dois guatemaltecos em 4 de março de 1998.Ao FBI também se lhe entregaram cinco fitas de vídeo e oito de áudio e suas transcrições com as declarações dos centroamericanos que tinham sido presos por colocar as bombas nos hotéis. Aí eles falavam de seus vínculos com quadrilhas cubanas e em particular com Luis Posada Carriles.A parte norte-americana reconheceu o valor da informação e comprometeu-se a dar uma resposta o mais cedo possível.Nunca tivemos uma resposta. Ninguém sabe com certeza o que o FBI fez com as evidências e com a pormenorizada informação que recebeu em Havana. Definitivamente não a utilizaram para prender a nenhum dos criminosos nem para abrir nenhuma investigação.Já não estava o Departamento de Estado preocupado pela informação que eles mesmos tinham reunido a respeito de ataques terroristas a aviões comerciais? Que passou com sua preocupação pelas vidas e a segurança dos passageiros, incluindo as dos passageiros norte-americanos?É essa a forma de "tomar medidas imediatas" em um problema "que merece a completa atenção de seu Governo, do qual eles se ocupariam urgentemente" como solenemente prometeram na Casa Branca? Ou de "enfatizar a seriedade da oferta dos Estados Unidos"?Pode presumir-se que o FBI compartilhou a informação que obteve com seus sócios em Miami.Se os fatos têm algum significado esse foi sem dúvida o caso. O 12 de setembro de 1998, quase três meses após a visita a Havana conhecemos através dos meios de imprensa da detenção de Gerardo, Ramón, Antonio, Fernando e René, e de que o Sr. Pesqueira, chefe do FBI em Miami, estava, nesse sábado na manhã, visitando a Ileana Ros Lehtinen e Lincoln Díaz-Balart aos Congressistas batistianos de Miami para informar do encarceramento dos cinco cubanos.A história repetia-se. Em 1996 o Presidente Clinton deu instruções de pôr fim às provocações aéreas de Irmãos ao Resgate, mas quando suas ordens chegaram a Miami a liga local conspirou para fazer exatamente o contrário. Em 1998 o mesmo Presidente parecia estar disposto a pôr fim às ações terroristas contra Cuba e também contra os norteamericanosâ, mas quando suas intenções se conheceram em Miami o FBI as destruiu completamente.O Sr. Pesquera reconheceu em uma coletiva de imprensa que sua maior dificuldade foi conseguir a autorização de Washington para prender aos Cinco. Sem dúvidas deveu ter sido assim. Não se supõe que Washington esteja do outro lado na luta contra o terrorismo?O Sr. Pesquera e suas cumpinchas ganharam. Eles provaram ser capazes de ignorar a lei e a decência, e deixar no ridículo de novo ao Comandante em Chefe dos Estados Unidos. Recordam a Elián? (Tomado de CounterPounch e CubaDebate).(*) O autor é presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba

sábado, 17 de outubro de 2009

Companheiros de todo o Brasil e do mundo

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Não basasse o criminoso bloqueio e todas as tentativas dos Estados Unidos de desestabilizar e derrotar a revolução cubana, ainda surgem das cinzas os lacaios tupiniquins do imperialismo, como esse reacionário senador, ex PFL que agora virou DEM, partido originário da ARENA que sustentou os 20 anos de ditadura militar no Brasil, para tecer loas a essa contrarevolucionária Yoani Sánchez, que vem se utilizando da internet para mentir ao mundo sobre o poder popular em Cuba e a realidade do seu país e do seu povo que lhe deu, desde quando nasceu o direito à saúde, à educação, o acesso à cultura e a todos os bens imateriais necessários ao ser humano. Yoani, na verdade, comete um ato de traição ao povo do seu país, quando ao invés de estar lutando contra os agressores de cuba e o criminoso bloqueiro econômico e diplomático, está municiando os seus própios algozes com mentiras e mentiras para que eles possam ainda mais endurecer o cerco contra Cuba, país que, apesar de tudo, dá ao mundo o exemplo de como um povo deve vider de forma solidária, com saúde e educação gratuita para todos, e da solidariedade internacional aos povos oprimidos pelo imperialismo.

A ACJM Bahia, em sua última reunião, no dia 15/10, discutiu esse assunto e deliberou que os diretores da entidade João e Rilton ficariam responsáveis por uma manifestação da ACJM Bahia em condenação a essa campanha contrarevolucionária de Yaoni, que vem servindo de isca para os pescadores de águas turvas contra cuba e seu povo. Em breve, esperamos estar postado no cubasim uma opinião mais detalhada da ACJM-Ba, elaborada pelo companheiro Rilton, já que o companhiro João teve que se ausentar de Salvador por alguns dias.
Enquanto isso, compartilhamos com todos os companheiros solidários com cuba os 4 artigos do jornalista espanhol Pascual Serrano, enviados para o grupo da ACJM-Bahia pelo companheiro João, desmascarando esse projeto de blogueira, que nos faz refletir com mais profundidade sobre quem é, e porque age dessa forma essa traíra do povo cubano.

Antonio Barreto
Presidente ACJM-Bahia

"Não vi a Cuba de Yoani"

"Não vi a Cuba de Yoani"
Joaquim São Pedro*



Li a entrevista da blogueira cubana Yoani Sanches à revista Veja. Quero dizer que estive em Cuba há um ano. Por dez dias, viajei entre Havana e Camaguey. Foram cerca de 570 quilometros percorridos pela Carretera Central de Cuba, uma rodovia de 1.140 quilometros de extensão que vai desde Havana até Santiago de Cuba. Uma viagem fascinante. Rara oportunidade de presenciar um pouco da história, da cultura, da fauna, da flora e das atividades agropecuárias do país.



Conheci um país belíssimo de um povo bonito, predominantemente de negros, brancos e mulatos; gente alegre, brincalhona e hospitaleira. Nada disposta a ficar chorando os seus problemas para que o mundo sinta pena dela. Conversei com as pessoas, jovens e velhos, homens e mulheres. Constatei que todos querem mudanças, que representem desenvolvimento, mais emprego, mais conforto, mais oportunidades de moradia.



Cuba foi isolada por uma política externa imposta pelos EUA em represália ao triunfo da revolução. Mas o povo cubano sobreviveu e, por isso, quer dialogar, porque pretende vender e comprar produtos e serviços de países que tenham a mesma disposição. Mas sem que isso represente interferência externa na sua soberania. É pura relação diplomática e comercial.



A revolução assegurou aos cubanos valores que se tornaram inalienáveis. Falo de solidariedade, do respeito à diversidade, do espírito de coletividade, da ética, do amor ao próximo. De direitos como saúde pública, educação, emprego, saneamento básico, moradia e autonomia para o governo gerir as suas riquezas naturais, sem ter de entregá-las ao estrangeiro.



O boicote causou problemas a Cuba, mas eles estão sendo enfrentados, sem que para isso seja preciso abrir mão da identidade nacional; sem cartilha neoliberal, como querem fazer crer ao mundo os veículos de comunicação que servem ao imperialismo econômico.


A "liberdade" que os cubanos buscam não é uma passagem aérea na mão, mas o direito de continuar a ser uma Nação capaz de enfrentar suas questões internas e externas, sem unilateralidade, promovendo uma política externa de respeito mútuo e às normas internacionais.



O socialismo não é o problema de Cuba, é a solução, porque representa a conquista de uma respeitabilidade internacional para o país e seu povo. O obstáculo a ser vencido é a opressão externa, liderada pelos EUA, e a propaganda dos contra que tentam macular a imagem de um governo que expulsou milionários americanos que viviam na ilha em absoluto comportamento predatório.



Se fosse bom o receituário imperialista, países tutelados econÿmica e politicamente pelos Estados Unidos seriam um paraíso. Muitos deles são, em verdade, paraísos fiscais. Honduras, Costa Rica, Guatemala, Colombia, Chile, Jamaica, Paraguai, para citar alguns ditos democráticos e livres, estão lotados de problemas economicos, políticos e sociais, com baixíssimo índice de desenvolvimento humano, analfabetismo, concentração de renda, miséria, democracia de fachada e subserviência da mídia ao poder economico.


Há nestes países dependência escancarada em relação ao capitalismo internacional e muito pouca autonomia política. É o que está ocorrendo agora com Honduras, que não resolve a sua crise, por causa da inércia da OEA, que está enfraquecida por causa da omissão do governo Barack Obama, que não se posiciona sobre o golpe hondurenho, com medo dos conservadores republicanos, que de tudo fazem para inviabilizar seus projetos no Senado.



O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU, que mede a qualidade de vida de 182 países, classificou Cuba na posição 51, à frente de Brasil (75), Rússia (71), Arábia Saudita (59), por exemplo, e bem próximo da Argentina (49) e do Uruguai (50). Ou seja, para a ONU, cubanos, argentinos e uruguaios, entre tantos, têm nível de desenvolvimento humano parecido e bem melhor do que o Brasil (75), que, diga-se de passagem, melhorou a sua posição nos últimos anos.



O futuro político de Cuba aos cubanos pertence. Neste ponto, o presidente Lula tem tido uma posição madura na defesa da integração regional, pregando o fim do boicote liderado pelos Estados Unidos, sem que isso represente interferência externa, até porque lá não há insurgência e há normalidade institucional.


Pelo que ouvi e vi dos cubanos, eles não querem esmola, buscam parcerias que representem desenvolvimento. Políticas que tratem de incrementar os setores de comércio, indústria e agropecuária; querem trocar informações e cooperação em ciência e tecnologia; querem comprar máquinas e insumos para o campo para ampliar a sua pauta de exportação.



Minha impressão é que Cuba quer receber turistas e lhes mostrar os seus recursos naturais e culturais; a sua música, as suas praias, os seus drinques, a sua comida, a alegria e a hospitalidade de seu povo. Com uma boa infraestrutura hoteleira, o turismo na Ilha hoje responde por cerca de 30% da receita.



O cubano não esconde mendigos para o turista passar, até porque lá eles não existem. As dificuldades são um problema que todos enfrentam juntos. Não há fome, sede, frio ou pessoas morando na rua. Para enfrentar as catástrofes naturais, como tufões e maremotos, eles desenvolveram técnicas de preservação, antes de tudo, da vida humana, embora haja sérios prejuízos materiais, como o ocorrido no ano passado.



Não há fila em hospitais e todas as crianças estão matriculadas nas escolas, que, obviamente, são públicas e de ótimo nível. A Escola Latino-Americana de Medicina forma médicos e enfermeiros, anualmente, centenas de jovens pobres, do Brasil, dos Estados Unidos, do México, do Canadá, de Honduras, Costa Rica e países da África e da Europa, entre tantos, que não têm oportunidade em seus países.



Nas ruas presenciei gente discutindo política (o cubano fala alto e gesticula muito), tomando sorvete, dançando, cantando e namorando; indo à praia de carro ou em transporte coletivo público. Comi e bebi em casa de cubanos e entendi que não há fartura, há uma racionalidade de consumo necessária e criativa. Há jovens e velhos praticando esportes, indo ao cinema, vendo televisão (inclusive seriados americanos), ao teatro e lendo.



Yoani tem lá os seus motivos e angústias para criticar o seu país. Mas falta-lhe, no meu modo de ver, consistência. Ela critica as estatísticas oficiais, mas não as rebate com números, apenas divaga. Fala em diplomacia popular, como se isso fosse praticado ostensivamente fora do território cubano. Pura utopia. Não imagina os males que o poder econômico causa aos países satélites dos EUA.



Ela diz que quer sair e voltar. Mas não se apresenta com propostas e sugestões de um país melhor. Talvez ela devesse mesmo sair para buscar os seus prêmios. Mas também para constatar que vive, ao lado do seu filho, num país que tem tantos problemas quanto os demais países da América Latina, mas que respeita os direitos dos cidadãos muito mais do que ela imagina.



* Joaquim São Pedro, 51 anos, é jornalista há 25 anos. Começou no Rio de Janeiro e está há 14 anos em Brasília. Trabalhou em O Globo e no Jornal do Brasil. Há dez anos atua em assessoria de imprensa. Trabalhou com o ex-senador Paulo Hartung e na Presidência do Senado. Há dois anos e meio está lotado na Liderança do PSB no Senado. Tem pós-graduação em Direito Legislativo, Ciência Política e Direito Constitucional.



Fuente: http://congressoemfoco.ig.com.br/noticia.asp?cod_canal=4&cod_publicacao=30083

A ARTE DE COMPRAR MENTIRAS

COMITE EN DEFENSA DE LA HUMANIDAD DE RIO DE JANEIRO RESPONDE A CAMPAÑA ANTICUBANA.


A ARTE DE COMPRAR MENTIRAS



Fidel, como em todas outras falas ao largo destes 50 anos, brilhantemente lembrou ao mundo que:



200 milhões de crianças dormem hoje nas ruas.



- Nenhuma é cubana.



250 milhões de crianças com menos de 13 anos são obrigados a trabalhar para viver.



- Nenhuma delas é cubana.



Mais de um milhão de crianças são forçadas à prostituição infantil e dezenas de milhares foram vítimas do comércio de órgãos.



- Nenhuma delas é cubana.



25 mil crianças morrem a cada dia no mundo por sarampo, caxumba, difteria, pneumonia e desnutrição.



- Nenhuma delas é cubana.



E, não só as crianças e dado o privilegio de viver com dignidade.


Hoje, nessa pequena ilha do Caribe a estimativa de vida e de 120 anos, enquanto nas nossas cidades se morre por balas perdidas aos primeiros dias de nascido, se nasce nos chãos de hospitais imundos e fétidos, se morre sem direito a atendimento medico básico.



Enquanto, milhares de brasileiros e latino americanos lutam por um dia a dia mais digno, algumas mídias inescrupulosas tão espaço a covardes, incompetentes em troca de fama e alguns dinheirinhos para difamar seu pais natal.



Fazer a Revolução, construir a liberdade, vencer cada dia de formas diferentes o bloqueio imposto pelos EUA só e viável para os fortes de caráter, de espírito, de vontade. E preciso ser gente para conseguir manter a soberania de um povo. Não e para qualquer um.


Não existe lógica que parlamentares brasileiros utilizem dinheiro publico, deixem de cumprir suas obrigações com a Federação, Estado e Município.



De atender os anseios de seus eleitores tão carentes de reformas básicas, de uma saúde publica eficiente, de acertos numa constituição capenga.



De cumprir uma pauta tão atrasada - todo dia postergada pela aparição de novos escândalos de corrupção - e priorizar um convite a uma internauta para falar no parlamento brasileiro sobre os problemas inerentes ao bloqueio imposto pelos governos americanos há 50 a Cuba.



A única justificativa que encontramos é: embotar os logros do atual governo, desviar a atenção da opinião publica para encobrir algum novo escândalo nacional ainda não revelado.



Cuidem de seus eleitores porque 2010 esta chegando anunciando uma grande renovação no executivo e legislativo.



E, por falar em internauta.. E aquele posto de saúde tão sonhado. E, a rua foi calcada ou retiraram a escavadeira depois dos votos apurados.



Porque não convidar um menino nordestino ou mineiro, que não conhece Brasilia ou siquer um dia viu o mar.



A Revolução Cubana para informação dos menos avisados já esta consolidada.


Marilia Guimarães



Comitê em Defesa da Humanidade – Capitulo Brasileiro



Fuente: http://www.cdhrio.com.br/scripts/index.htm

Bloguera cubana patrocinada por neonazis europeos

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Bloguera cubana patrocinada por neonazis europeos descubierta escribiendo sus artículos desde el wi-fi de hoteles.


Por: Guillermo Nova, para Prensa Web YVKE Fecha de publicación: 10/05/09


Yoani Sánchez, bloguera cubana patrocinada por grupos europeos de ultraderecha, financiados a su vez por la administración Bush. ¿A quién quiere engañar?


Foto enviada de Yoaní usando el Internet inalámbrico de un hotel de la isla.10 de mayo 2009. -La bloguera cubana Yoani Sánchez, conocida por el premio Ortega y Gasset que le otorgó el Grupo Prisa, bien remunerado y que suele darse a periodistas con un mayor currículo profesional, suele denunciar en sus artículos la falta de acceso que tiene a Internet, incluso afirmó que son amistades las que consiguen mandar por la red sus artículos manuscritos.


Pero cual sería la sorpresa cuando el miércoles 6 de Mayo, la prensa internacional acreditada en la Feria Internacional de Turismo de Cuba (Fitcuba 09), pudieron cruzarse con ella durante el almuerzo preparado en el hotel NH Parque Central de La Habana.


Con total tranquilidad estaba sentada en el salón del recibidor con su ordenador portátil y conectada a la red Wi Fi del hotel, el cual hay que pagar en divisa extranjera.


Se expuso ante los más de 180 periodistas que están acreditados a este evento, sin que nadie de la Seguridad del Estado la molestara, ni sufrió ningún acto de repudio por parte de la población, algo que ella denuncia en sus artículos que sufre continuamente.


La sorpresa y la desilusión fue grande entre algunos profesionales extranjeros cuyos periódicos le pagan por sus colaboraciones, y se sintieron engañados por sus quejas y lamentos ante la dificultad de acceso a Internet, llegando incluso a cuestionarse la veracidad de sus escritos.


Yoani Sánchez escribe en una página que se llama desdecuba.net, pero realmente no se hace desde la Isla, sino que el servidor está alojado en Alemania y registrado a nombre de Josef Biechele, el proveedor es la empresa Cronos AG Regensburg, la cual también aloja páginas web de ultraderecha y neonazis y que ha sido denunciada por Los Verdes. El patrocinador es IGFM y tiene como uno de sus portavoces al sajón Arnold Vaatz, esta empresa durante la administración Bush recibió millones de dólares en ayudas.


Tal vez su blog se llama Generación Y, por generación Yuma.


Postado por União da Juventude Comunista - Curitiba às 08:14


Fuente: www.aporrea.org/medios/n134263.html

A ASSOCIAÇÃO CULTURAL JOSÉ MARTÍ DO RIO GRANDE DO SUL


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A ASSOCIAÇÃO CULTURAL JOSÉ MARTÍ DO RIO GRANDE DO SUL, repudia as informações mentirosas divulgadas pela blogueira cubana YOANI SÁNCHEZ concedidos recentemente em veículos da imprensa brasileira.


Repudiamos suas declarações, onde que acredita na democracia e nos preceitos humanísticos de JOSÉ MARTÍ tem a firme convicção que as conquistas da Revolução Cubana são incontestáveis.
Lembremos que Cuba sofre a 50 anos com um condenável e brutal bloqueio econômico imposto pelo governo estadunidense, bloqueio que já foi condenado por 17 vezes pela Organização das Nações Unidas – ONU, negando a um povo de ter acesso aos mais elementares medicamentos, alimentos e equipamentos médicos, que melhorariam a vida da população cubana, Yoani e sua família.
Sobre a manipulação de dados que a blogueira refere-se, a mesma conhece o sistema de saúde cubano, não tendo como negar os índices de mortalidade infantil de 5,3 por 1000 crianças nascidas vivas e que no período pré revolucionário era de 62,3 por cada 1000 nascidos vivos. O fim do analfabetismo em 1961 pela ação de milhares de jovens que saíram pelo país na Campanha de Alfabetização.
Lembrar de eventos como o Festival Latinoamericano de Cinema e a Feira Internacional do Livro de Havana, onde o Brasil já foi homenageado e milhões de cubanos adquirem livros a baixo custo.
Também lembrar a Yoani que não há mais os antigos esquadrões da morte, que não há mais desaparecidos e os direitos humanos são garantidos a todos. Hoje em Cuba existem as mais bem conceituadas escolas de medicina e a Escola Latinoamerica de Medicina – ELAM forma médicos das mais distintas nacionalidades, jovens que não poderiam pagar pelo curso de Medicina em seus países, incluindo jovens pobres estadunidenses.
Informar que Cuba colabora com os países menos desenvolvidos compartilhando as conquistas da revolução, levando seus médicos, que trabalham com alegria, em mais de 98 países, onde em muitos lugares no continente africanos só se pode contar com um médico cubano.
O humanismo da Revolução Cubana reflete também nos programas – “Yo se puedo” – programa de alfabetização desenvolvido em mais de 15 países, com mais de 2 milhoes de pessoas alfabetizadas e premiado pela UNESCO pela sua qualidade e eficiência – Programa “Operação Milagros” que devolveu a visão a milhões de pessoas de mais de 20 países com cirurgias gratuitas.
E para finalizar queremos agradecer ao povo cubano que de forma abnegada e humanismo divide com todos aqueles que necessitam as conquistas de sua revolução.

Porto Alegre, 13 de outubro de 2009.

Comisión de Constitución, Justicia y Ciudadanía del Senado Brasileño.

La Señora Yoani, y su Blog en internet, está a servicio y siendo usada en una clara acción de guerra psicológica, visando desinformar el pueblo Brasileño sobre los avances de la Revolución Cubana. Seguros de la importancia de esta Comisión del Senado Federal (Constitución, Justicia y Ciudadanía), manifestamos lo necesario que es la vigilancia y recuento de las acciones de servicios de inteligencia extranjeros en nuestro país, a partir de guerras psicológicas de intereses solamente de naciones extranjeras, u otras acciones ilegales. Seguros de la necesidad de la construcción de un nuevo nivel de relaciones entre los pueblos de América Latina solicitamos a los miembros del SENADO FEDERAL no permitir acciones ilegales en favor de intereses extranjeros en nuestro País – BRASIL.


Señoras y Señores SENADORES de la Comisión de Constitución, Justicia y Ciudadanía del Senado Brasileño.


Acerca de las entrevistas de la Señora Yoani a las revistas Época y Veja nos gustaría expresar el siguiente.


El Bloqueo a Cuba es hecho de forma criminal, con explosión de avión, atentados de bomba, tentativas de asesinatos de Fidel Castro, transmisiones ilegales de radio y TELE, entre incontables otros atentados comprobados. A pesar de eso la Revolución Cubana presenta datos impresionantes, índice de mortalidad infantil de 5,3 (mejor de América Latina), analfabetismo erradicado, en el área de salud cuenta con reconocimiento internacional de los avances, llegando inclusive a llevar 51 mil profesionales de salud para 98 países del mundo.


La Señora Yoani, y su Blog en internet, está al servicio y siendo usado en una clara acción de guerra psicológica, dirigida a desinformar al pueblo Brasileño sobre los avances de la Revolución Cubana. Hoy día 14 de octubre será la fecha del lanzamiento del canal de fibra óptica de 1.630 quilómetros de extensión, conectando Cuba a Venezuela, con capacidad de 640 Gigabytes, elevando así en 3.000 veces la capacidad de conexión de la isla con internet, facilitando la integración del pueblo Cubano con los pueblos de América Latina. Integración dificultada en la verdad por el Bloqueo Norte Americano que solamente posibilita acceso veía satélite a la internet en la isla caribeña, lo que encarece demasiado y dificulta el uso por la población.


Seguros de la importancia de esta Comisión del Senado Federal (Constitución, Justicia y Ciudadanía), manifestamos lo necesario que es la vigilancia y recuento de las acciones de servicios de inteligencia extranjeros en nuestro país, a partir de guerras psicológicas de intereses solamente de naciones extranjeras, u otras acciones ilegales. Casos como del Señor Paul Lir Alexander (ex agente del DEA – Departamento Anti Drogas de Estados Unidos) actualmente preso en Minas Gerais por el tráfico de más de una tonelada de Cocaína para los EUA deben ser investigados.


Aún esta semana el Coronel Norteamericano Lawrence Wikesson (miembro del equipo de Colin Power) en entrevista al periódico The La Habana Note afirma sobre el bloqueo “el embargo es un fracaso total con gran costo para el pueblo Cubano y para el pueblo Americano”. Seguros de la necesidad de la construcción de un nuevo nivel de relaciones entre los pueblos de América Latina solicitamos a los miembros del SENADO FEDERAL no permitir acciones ilegales en favor de intereses extranjeros en nuestro País – BRASIL.


CENTRO DE ESTUDOS LATINO AMERICANO (CELA)


Fuente: centrodeestudoslatinoamericano@gmail.com

Jornalista espanhol Pascual Serrano em que ele desmacara a blogueira

Caros companheiros,

Seguem abaixo quatro artigos escritos pelo Jornalista espanhol Pascual Serrano em que ele desmacara a blogueira
Yoani Sanchez e seu trabalho sujo em favor do imperialismo e contra seu próprio país.
Infelizmente não tive tempo de traduzir os textos para o portugues.
Quem quiser ler os textos na página eletrônica do próprio Serrano, basta ir ao endereço seguinte e no motor de busca
interno do sítio colocar o nome "Yoanis":

www.pascualserrano.net

Recomendo também o sítio espanhol www.rebelion.org onde os mesmos textos de Pascual Serrano foram publicados.

Abraços a todos.

João

La furia de Fidel contra la libertad de expresión de la bloguera Yoani
21/06/2008
Pascual Serrano/Rebelión

Es curioso lo del blog anticastrista de Yoani Sánchez y el bombo que no deja de darle el diario El País. Tan
curioso, que está sirviendo para que el mundo vea que en un país donde dicen que no hay libertad de expresión una
mujer publica todos los días lo que le da la gana sin que le suceda nada. ¿Qué no tiene acceso a los medios masivos
de comunicación de la isla? Tampoco los demás tenemos acceso a los grandes medios de comunicación en España. Además
Yoani publica mediante un blog en Internet en el que ella misma “cuelga” sus artículos, en el que denuncia, entre
otras cosas, que los cubanos no tienen acceso Internet.

El pasado 25 de marzo, contabilicé en google noticias, cuarenta medios de comunicación que denunciaban que las
autoridades cubanas habían bloqueado el famoso blog. La noticia sólo se fundamentaba en la afirmación de la autora
de que los cubanos no podían acceder a su blog porque se lo había bloqueado el gobierno cubano, ¿no quedamos en que
los cubanos no podían acceder a Internet? ¿para qué van a bloquear el suyo? La noticia resultó sin fundamento
alguno, llamé a media docena de amigos de La Habana y todos podían acceder a su página, en cambio hace unas semanas
todo un ministerio estuvo dos días sin poder utilizar Internet por un problema técnico, ¿también lo bloqueó el
gobierno cubano?

Como Yoani critica lo que quiere en un país donde dicen que no se pueden hacer críticas y cuelga sus textos todos
los días en un blog en un país donde dicen que está prohibido tener Internet, El País dice ahora en su portada del
21 de junio que Fidel “Castro libra una de sus últimas batallas contra la libertad de expresión en Internet” porque
criticó un artículo del famoso blog. Hizo falta entrar en las páginas interiores del periódico, leer la respuesta de
su marido a Fidel Castro, conocer por enésima vez que el diario la premió, recordar los textos de Yoani que
molestaron al presidente cubano y, por fin, en el cuarto párrafo de la noticia interior podemos leer el ataque
castrista a la libertad de expresión. Fue en el prólogo de un libro sobre Bolivia y respondía a la afirmación de la
"bloguera" quien afirmaba que no es opositora, ni tiene "color político", y que para su generación las izquierdas y
derechas son "conceptos cada vez más obsoletos". Castro respondió : "Lo grave no son las afirmaciones de este tipo,
que divulgan de inmediato los medios masivos del imperialismo, sino la generalización como consigna: peor aún: que
haya jóvenes cubanos que piensen así, enviados especiales para realizar labor de zapa y prensa neocolonial de la
antigua metrópoli española que los premie". Ese es el “modus operandi” con el que el “dictador” y “represor” de las
libertades ataca a la libertad de expresión, escribir eso en el prólogo de un libro. El ejemplo elocuente de la
implacable furia con la que la “dictadura castrista” aplasta al que levanta la voz.

Por supuesto ante tamaña ferocidad Yoani solo pudo actuar respondiendo con este ejemplo de feminismo y madurez: “Al
sentirme atacada por alguien con un poder infinitamente superior al mío, con más del doble de mi edad y además –como
dirían mis vecinas de la infancia- por un ‘macho-varón-masculino’ he decidido que sea mi esposo quien le responda”.

El blog censurado en Cuba
26/03/2008
Pascual Serrano/Rebelión

Si ayer, 25 de marzo, se consultaba el servicio de noticias en español de google con el nombre de Yoani Sánchez,
aparecían aproximadamente cuarenta medios de comunicación informando que el blog de esta mujer cubana había sido
bloqueado por las autoridades de su país (Bloquean el blog más leído de Cuba La Tercera, Cuba censura uno de sus
principales blogs el día que aprueba la ... elmundo.es, la información hace daño BBC Mundo, Bloggers denuncian que
La Habana bloquea el acceso a sus sitios ... Encuentro en la Red, Cuba bloquea el acceso al blog cubano más leído
Swissinfo, Cuba bloquea el acceso a uno de los blogs más leídos por sus ... 20 minutos, etc… ). La noticia es
prácticamente idéntica en todos los medios y su origen parece que es un cable de Reuters. Lo peculiar es que se
limitan a reproducir la denuncia de esta cubana: “dijo que los cubanos ya no pueden visitar su página web ni la de
otros dos blogueros nacidos en el país que tienen su sitio web alojado en un servidor de Alemania. Todo lo que
pueden ver es un mensaje de error”. Otra cosa que despierta mi atención es cómo, si no dejan de denunciar que los
cubanos no pueden tener acceso a internet, ahora el gobierno puede tener interés en bloquear un blog al que se
supone nunca pudieron acceder. En cualquier caso, lo más razonable a la hora de informar era comprobar si
efectivamente ese blog está bloqueado para los cubanos, algo que no parecía que hubieran hecho los diferentes medios
que recogían la denuncia porque no precisaban cuándo intentaron conectarse ni desde dónde, y el texto de la noticia
se limitaba a la reproducción del cable de Reuters, que era sólo la denuncia de Yoani Sánchez.

No sé si estuvo bloqueado en algún momento, yo pedí ayer a las diez de la noche del martes, horario de España, a
varios amigos cubanos que lo comprobaran y me contaran el resultado. Desde un ministerio me dijeron que pudieron
entrar, desde una vivienda particular en el barrio del Vedado con conexión del Centro de Información de la Prensa
también lo hicieron sin problema, desde otra vivienda desde La Habana Vieja con el servidor estatal de la empresa
pública Enet igual y con dos conexiones y ordenadores diferentes. Sólo uno de mis amigos, desde otro ministerio, me
dijo que no pudo, sin que le apareciese el mensaje de error que anunciaba la protagonista del blog en su página.
Observo también que la BBC entrevistó a esta mujer el lunes 24 de marzo, terminan con esta pregunta “¿En lo personal
has tenido algún problema?” Ella responde: “No, nadie me ha visitado, nadie ha venido a decirme lo que estás
haciendo está prohibido y para mi todo lo que no está expresamente prohibido es legal. No pienso autocensurarme”.

Sólo puedo llegar a la conclusión de que extraña censura es esa que es intermitente y triste labor periodística que
ni se molestan en comprobar si se puede entrar al blog que denuncian como censurado. Por cierto, hace un mes también
estuvo sin funcionar el servidor de mi blog, cómo no se me ocurriría denunciar al gobierno de Zapatero y disfrutar
del protagonismo informativo de cuarenta medios recogiendo mi denuncia.

La famosa Yoani y un tal Kareem
10/07/2009
Pascual Serrano/Rebelión

Yoaní usando el Internet inalámbrico de un hotel de la isla.

La periodista Olga Rodríguez nos cuenta en su magnífico libro “El hombre no teme la lluvia” (Debate, junio 2009) la
historia del bloguero egipcio Kareem el Behirey, nacido en 1983. Vale la pena conocerla para compararla con otra
bloguera que, según nos cuentan los medios, vive acosada y perseguida por el gobierno cubano, Yoani Sánchez.

Es habitual presentar a Cuba como una dictadura que persigue la libertad de expresión, escenario no tan habitual
cuando las informaciones tratan a Egipto. Por ello conocer la situación de estos dos blogueros, cada uno crítico con
el gobierno de su país, puede ser ilustrativo del talante democrático de cada gobierno y de lo acertado o no de la
imagen que se proyecta en nuestros países.

Según relata Olga Rodríguez, Kareem es de origen humilde, vive con sus padres y hermana en un edificio de pisos
destartalados cerca de El Cairo, su madre está prejubilada tras contagiarse en su trabajo de enfermera la hepatitis
C, sin que pueda garantizarse los recursos para pagar la medicación. Kareem tuvo que financiar sus estudios
trabajando de camarero. Cuando terminó su carrera no tuvo otra opción que incorporarse como obrero en la mayor
fábrica textil del país, allí pasaba horas pedaleando en una máquina de coser envuelto en un ruido ensordecedor por
treinta dólares al mes. Al salir de la fábrica se va a trabajar al periódico donde termina de madrugada, sin que le
de tiempo a volver a casa por lo que debe pernoctar en el domicilio de un amigo. Aquí ya vamos encontrando
diferencias con la cubana Yoani Sánchez. Su familia tiene en Cuba acceso gratuito a los servicios médicos y
garantizados sus estudios de filología sin tener que trabajar, el estado cubano también le asegura el trabajo como
filóloga, aunque ella ha renunciado para sobrevivir con los ingresos que le proporciona su blog reproducido en
numerosos medios extranjeros.

En diciembre de 2006 Kareem fue expulsado seis días de la empresa textil por apoyar una huelga de trabajadoras. Fue
entonces cuando decidió abrir su blog que ha terminado siendo una referencia para los movimientos sociales egipcios,
a pesar de que en esa época uno de los blogueros más conocidos en Egipto fue detenido y condenado a tres años por
criticar al presidente egipcio Hosni Mubarak. En septiembre de 2007 comenzó una nueva huelga en su empresa textil,
la situación del país era explosiva, a principios de 2008 el precio del pan se había incrementado un 50 por ciento
en un año y los disturbios se saldaron con quince muertos en tan solo dos semanas. En Egipto, el presidente Mubarak
mantiene el estado de emergencia desde que subió al poder en 1981, por lo que muchos derechos y libertades están
limitadas. El 6 de abril de 2008 las Fuerzas Armadas egipcias, provistas con rifles de asalto, gases lacrimógenos y
pelotas de goma, rodearon una manifestación de obreros y abrieron fuego contra ellos. Murieron un niño de nueve años
y un joven de veinte, y otras noventa personas resultaron heridas. Cientos de activistas fueron detenidos, entre
ellos el bloguero Kareem. Las autoridades le acusaron de haber incitado a la huelga a través de su blog. Al igual
que otros detenidos, fue golpeado y maltratado en su celda, recibió descargas eléctricas durante los primeros días.
Hubo un amplio movimiento de solidaridad dentro del país, decenas de blogueros expresaron su apoyo a los detenidos y
diez días más tarde un fiscal ordena su puesta en libertad, sin que fuera cumplida por la policía. Kareem fue
expulsado de su trabajo en la industria textil y, junto con otros presos, comenzó una huelga de hambre para
protestar contra los malos tratos en la prisión.

Según cuenta Olga Rodríguez, salieron finalmente de prisión tras la presión internacional de varias asociaciones de
derechos humanos. También fue readmitido en la fábrica y pudo volver a su vida de pluriempleado, con la que no llega
a fin de mes y con la que apenas le queda tiempo para dormir. No ha abandonado su blog. Se puede ver en
http://www.egyworkers.blogspot.com/ y http://yalhwy.maktoobblog.com/. En él difunde datos de las protestas que se
celebran en todo Egipto, acompañados de vídeos y fotos que él mismo capta. En uno de sus correos electrónicos a Olga
Rodríguez terminaba así: “Por lo demás, bien. Feliz por leerte y feliz por estar libre. En total estuve setenta y
tres días en la cárcel. La policía me sometió a descargas eléctricas por todo el cuerpo durante los tres primeros
días de mi arresto. Acabo de regresar de la fábrica, me han readmitido. Sigo estando pluriempleado, duermo poco.
Pero mantengo el blog, por supuesto, con más energía que nunca. Lamentablemente aquí todos los dóas hay mucho que
denunciar. Salam maleicum”. En las últimas noticias de Kareem enviadas a Olga Rodríguez, ya después de la
publicación del libro, le informa que se han repetido sus problemas con la policía egipcia cuyas presiones han
provocado que le despidan de su trabajo.

Volvamos ahora con la cubana Yoani Sánchez. Ella no puede informar y fotografiar represiones policiales con fusiles
y pelotas de goma en La Habana porque no las hay. Yoani no ha pisado una cárcel cubana, pero la presentan todos los
medios como un icono de la lucha contra la dictadura.

Mientras Kareem debía trabajar de sol a sol para pagar sus estudios y las medicinas de su madre, Yoani, que abandonó
voluntariamente su trabajo estatal de filóloga recordaba sus angustias de falta de privacidad en los campamentos de
estudiantes:

Salí del preuniversitario en el campo sintiendo que nada me pertenecía, ni siquiera mi cuerpo. Vivir en albergues
crea esa sensación de que toda tu vida, tus intimidades, tus objetos personales y hasta tu desnudez han pasado a ser
bienes públicos. “Compartir” es palabra obligatoria y se llega a ver como normal el no poder estar –nunca– a solas.
Después de años entre movilizaciones, campamentos agrícolas y una triste escuela en Alquízar, necesitaba una
sobredosis de privacidad [1] .
Cuando Kareem se recupera de las torturas y descargas eléctricas en la prisión, Yoani Sánchez se indigna porque el
Estado no le arregla el ascensor de su vivienda:

Ya van a cumplirse cuatro meses desde que estoy sin ascensor. Catorce pisos para abajo, catorce pisos para arriba y
no hay una fecha clara de cuándo estará listo el dichoso artefacto. El montaje va a ritmo cubano, que se parece al
de esos galápagos que necesitan horas y horas para avanzar unos pocos metros. Siempre surge algo que prolonga el
plazo para inaugurar los nuevos ascensores rusos, mientras mis piernas emulan con las de cualquier alpinista [2] .
A Yoani la presentan como una bloguera que debe enfrentarse a la censura en Cuba, pero en La Habana se le puede
encontrar con su portátil donado desde el exterior en las antesalas de los mejores hoteles de la ciudad [3] . La
historia de Kareem no interesó a los medios de comunicación occidentales, sin embargo la agencia Reuters ya informó
del blog de Yoani nada más inaugurarse, The Wall Street Journal le dedicó una página completa con llamada en primera
plana y el periódico español El País le publicaba entrevistas en contraportada [4] . Con motivo de la elección del
nuevo presidente de los Consejos de Estado y de Ministros de Cuba, en febrero de 2009, el propio marido de Yoani
contaba que hacían cola para entrevistarla The New York Times, The Zeit, Newsweek, Washington Post, Reporteros sin
Fronteras, la televisión alemana, la española, Aljazira… [5] .

El blog de Yoani es traducido a doce idiomas, a diferencia del de Kareem que solo está en árabe. En abril de 2008,
el diario El País concede a Yoani el premio Ortega y Gasset de Periodismo Digital, noticia que titulan Premio al
periodista comprometido [6] . Kareem, el bloguero egipcio, nunca ha sido citado en el diario. Introducido el nombre
de Kareem en el buscador no aparece ninguna noticia, en cambio en el último año Yoani Sánchez apareció en 29
ocasiones, una vez cada trece días.
La misma prensa occidental que ha encumbrado a Yoani no ha dicho ni una palabra de Kareem el Behirey. La revista
estadounidense Time sitúa a la cubana entre las 100 personas más influyentes del mundo [7] en la categoría “héroes y
pioneros”. El dominical de El País la incluye en los 100 hispanoamericanos más notables del año [8] , la revista
Foreign Policy la elige entre los 10 intelectuales más importantes del año [9] en Iberoamérica y la revista Gato
Pardo, desde México, la incluye entre los 10 personajes de 2008 [10] . Pero para todos ellos Kareem no merece ni una
palabra, no existe, ni es héroe, ni pionero, ni notable, ni intelectual, ni influyente. En realidad, lo que no es,
es cubano. Por eso nunca se acordarán de él, aunque lo detengan y lo torturen por escribir un blog. Su enemigo es un
gobierno amigo y servil de occidente, el de Mubarak, y no un gobierno díscolo a nuestros intereses como el de Cuba.

www.pascualserrano.net
Pascual Serrano acaba de publicar “Desinformación. Cómo los medios ocultan el mundo” . Junio 2009. Editorial
Península .
[1] Ver http://vocescubanas.com/generaciony/2009/03/18/a-solas/

[2] Ver http://www.desdecuba.com/generaciony/?p=724

[3] Ver Rebelion.org 11-5-2209. http://www.rebelion.org/noticia.php?id=85152

[4] El País 13-1-2008 http://www.elpais.com/articulo/ultima/vida/parte/Cuba/elpepiult/20080103elpepiult_2/Tes

[5] Ver http://desdecuba.com/reinaldoescobar/?p=63

[6] El País 8-5-2008
http://www.elpais.com/articulo/sociedad/Premio/periodista/comprometido/elpepisoc/20080508elpepisoc_6/Tes

[7] Time http://www.time.com/time/specials/2007/article/0,28804,1733748_1733756_1735878,00.html

[8] El País Semanal http://www.elpais.com/especial/protagonistas/yoani-sanchez.html

[9] Foreing Policy Diciembre-Enero 2009 http://www.fp-es.org/los-10-intelectuales-mas-influyentes-de-iberoamerica

[10] Gatopardo. Diciembre-Enero 2009 http://www.gatopardo.com/numero-97/cronicas-y-reportajes/los-10-personajes-de-
2008.html

Cómo lanzar a la fama a una bloguera anticastrista
12/01/2009
Pascual Serrano / Rebelión

Reinaldo Escobar, el esposo de la bloguera Yoani Sánchez, nos ha facilitado la enumeración de la coordinación
mediática mundial para lanzar al estrellato el blog de su esposa. Inaugurado en abril de 2007, en octubre el
corresponsal de la agencia Reuters lanzó un cable de agencia que se publica en varios periódicos del mundo. Dos
meses después The Wall Street Journal, le dedica una página completa con llamada en primera plana. Pocos días más
tarde el periódico español El País, el 3 de enero de 2008, le publica una entrevista en la contraportada.

Al mes siguiente, en febrero, con motivo de la elección del nuevo presidente de los Consejos de Estado y de
Ministros de Cuba, numerosos enviados especiales y corresponsales entrevistan a Yoani Sánchez. Su propio esposo
señala que “como si se tratara de una meca caribeña, la mayoría de ellos peregrinó hasta el piso 14 del edificio
donde vive la bloggera. Literalmente, hubo que hacer cola para entrevistarla. The New York Times, The Zeit,
Newsweek, Washington Post, Reporteros sin Fronteras, la televisión alemana, la española, Aljazira ”.

En el mes de marzo, señala Escobar que “gracias a otros amigos”, es posible leerla en 12 lenguas. Impresionante,
porque ningún colectivo social u organización de derechos humanos, tiene tantos “amigos” como para que traduzcan sus
campañas a tantos idiomas.

En abril, recibe de parte del diario El País el premio Ortega y Gasset de Periodismo Digital y en mayo la revista
estadounidense Time la sitúa entre las 100 personas más influyentes del mundo en la categoría “héroes y pioneros”.

En noviembre, le conceden el premio del jurado en el concurso español Bitácoras.com, precisamente el único que se
designa sin la votación de los lectores. Una semana después el jurado de The BOBs, integrado por doce periodistas -
casualmente sólo uno hispanoparlante-, entre ellos una representante de Reporteros sin Fronteras, la organización
que se ha caracterizado por sus furibundos ataques a Cuba, le concede el premio en la categoría Mejor Weblog,
patrocinado por grandes multinacionales de telecomunicaciones como HP o HTC Corp, el principal proveedor mundial de
Windows Mobile.

Ese mismo mes, de nuevo El País, ahora en su dominical, la incluye en los 100 hispanoamericanos más notables del
año; también la revista Foreign Policy, editada por el Fondo Carnegie para la Paz Internacional, think tank privado
dedicado a fomentar la presencia de los Estados Unidos en la política internacional, la elige entre los 10
intelectuales más importantes del año en Iberoamérica. Otro tanto hizo la revista privada editada en México Gato
Pardo.

Es curioso, pero ninguno de esos galardones y nombramientos ha procedido de colectivos sociales o votaciones
populares, siempre de grandes grupos de comunicación, fundamentalmente estadounidenses y españoles; y patrocinados
por grupos multinacionales.

Dice su esposo, que los enemigos de Yoani Sánchez le acusan de “asalariada del imperio o agente de la CIA”. No seré
yo quien haga esas afirmaciones sin pruebas, sólo me he limitado a señalar quiénes han participado en la campaña
para premiar y difundir su blog.
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