sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Qualificam de fracassada política dos Estados Unidos contra Cuba

.
Fausto Triana
Paris, 30 out

Um destacado jornalista cubanoamericano residente em Miami qualificou hoje de fracassada a política dos Estados Unidos contra Cuba, exigiu o fim do bloqueio e a libertação dos cinco lutadores antiterroristas.
Em um coloquio em Paris, Andrés Gómez, diretor da revista Areíto digital e fundador da brigada Antonio Maceo, disse que a nova condenação em Nações Unidas ao cerco econômico de Washington contra a ilha caribenha demonstra a rejeição mundial a essa medida.
"Para mim é extraordinário que 187 países repudiem o bloqueio, o qual se soma a um consenso hemisférico que deplora as linhas traçadas pela Casa Branca ao longo dos anos, apesar das ações ainda em curso da ultradireita", enfatizou.
O integrante do Comitê Internacional pela Libertação dos Cinco (os luchadores antiterroristas cubanos que permanecem em cárceres estadunidenses há 11 anos), admitiu que a burocracia dificulta mudanças na política de Washington.
"Temos o caso de Antonio Guerrero, Ramón Labañino, René González, Gerardo Hernández e Fernando González, que como evidenciam seus processos, buscavam detectar atividades terroristas contra Cuba planificadas em Miami", comentou.
Conhecem-se as arbitrariedades dos casos, os manejos políticos e a certeza de que personagens violentos organizaram ações, e ainda seguem o fazendo, para minar à Revolução cubana e até assassinar a seus dirigentes, acrescentou.
Gómez disse que diante deste espectro e outras vertentes, o presidente Barack Obama demonstra sua boa vontade de mudanças, ainda que por enquanto não concretizou nada transcendental e pareceu atrapalhado pelas armadilhas da política nos Estados Unidos.
"O verdadeiro é que há 30 anos foi assassinado em Porto Rico nosso colega Carlos Muñiz Varela e seus assassinos passeiam pelo sul da Flórida impunemente, enquanto os Cinco são prisioneiros", lamentou.
Avaliou assim o processo de re-sentença que já deu um ligeiro benefício a Antonio Guerreiro e pelo qual aguardam agora Ramón Labañino e Fernando González.
"De qualquer forma, ficou claro que toda a solidariedade internacional que fazemos, vocês aqui na França e nós lá, tem um peso relevante e serve de muito, para pressionar até ver livres aos Cinco", apontou Gómez.
Na atividade estiveram presentes Charly Bouhana, do grupo CubaSiFrance, a Coordenadora de Defesa da Revolução e o conselheiro da embaixada da Ilha na França, Leyde Ernesto Rodríguez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário