sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Analista uruguaio destaca negado recorde ao bloqueio a Cuba

Montevidéu, 30 out

O analista internacional do jornal uruguaio La República Niko Schvarz destaca hoje o crescimento da votação na ONU contra o bloqueio a Cuba, como um fato que reveste extraordinária significação internacional.

"Parecia difícil que pudesse superar a votação do ano passado a respeito disso que arrojou 185 votos a favor, 3 contra e duas abstenções. A margem para crescer era muito exíguo já que há 192 países na ONU. No entanto, isso ocorreu", sublinha.

Schvarz recorda que em 18 destas votações realizadas na ONU desde 1992, a cifra de opositores ao bloqueio tem crescido em forma ininterrupta, sem nenhuma exceção.

Em um artigo afirma que se reproduziram os votos dos EUA, Israel e Palau contra a resolução anti-bloqueio e se abstiveram as ilhas Micronésia e Marshall, que em ocasiões anteriores votaram contra ou se abstiveram.

Esclarece que as três nações insulares são em realidade protetorados estadunidense no Oceano Pacífico, que tem ali bases militares e têm sido campos de provas nucleares. Schvarz comenta que apesar de se produzir durante quase uma vintena de anos votações sobre o tema, todas contundentes no mesmo sentido, nada tem mudado.

"É realmente aberrante. Não há outro caso igual no mundo, e que se mantenha durante tanto tempo: 47 anos a partir da proclamação Presidencial assinada pelo presidente John F. Kennedy o 7 de fevereiro de 1962", sublinha.

Essa Proclamação - abunda- acentuou suas projeções extraterritoriais com a lei Torricelli assinada por (George) Bush pai em 1992 e a lei Helms-Burton promulgada por (William) Clinton em 1996.

O comentarista do citado jornal sublinha que Cuba é o único país que sofre uma agressão permanente deste tipo.

"Esta circunstância coloca em entredito todo o sistema das Nações Unidas e sua capacidade de decisão, incluindo a integração do Conselho de Segurança e o direito de veto de algumas potências", remarca.

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